25 setembro 2009

Estação de Trem FEPASA de Campinas



A estação de Campinas foi inaugurada em 1872, e na época, embora diferente e menor do que o prédio atual, já era a maior das quatro estações da ainda curta linha da Cia. Paulista. Em 1884, esse prédio foi desativado, tendo sido inaugurado nesse mesmo ano um novo prédio, que sobrevive até hoje. O velho prédio sobreviveu mais alguns anos, tendo sido finalmente demolido em 1889. Não agüentou os danos causados por um enorme formigueiro sob suas fundações, que o fez afundar, e também os danos causados por um grande temporal, em 1883. O novo prédio foi construído sobre o leito original dos trilhos, em frente à antiga estação; inicialmente, foi construída apenas o que é hoje a parte central da estação. Entre 1910 e 1915, um segundo corpo foi construído na ala oeste, além de ter sido instalada a cobertura da entrada principal com estrutura metálica, que aliás existe até hoje. E finalmente, nos anos 20, acrescentou-se todo o segundo pavimento da ala leste e o segundo andar da extremidade oeste, onde existem a sala de bagagens e a sala 67. Uma nova gare foi construída, com cobertura metálica e mais alta, por causa da eletrificação da linha, em 1922. Mais algumas pequenas alterações foram efetuadas nos anos 1930 e 1940. A estação da Paulista de Campinas servia ainda, a partir de 1913, como baldeação para a linha da Sorocabana, que vinha da sua própria estação em Vila Bonfim e seguia para Mairinque. Servia também como baldeação para os passageiros que se dirigiam para a linha da Mogiana, para o norte e nordeste do Estado. Em 1984, a estação, em meio a festas pelo centenário do prédio, sofreu uma grande reforma, dois anos depois de ser tombada pelo Patrimônio Histórico (Condephaat). Hoje estas duas ramificações não mais existem, as linhas das antigas Sorocabana e Mogiana tiveram suas partidas transferidas para a estação de Boa Vista, fora da cidade. "A estação de Campinas está às moscas... inacreditável, só funciona o bar, numa penúria de dar dó e um salão de barbeiros com a porta voltada para a rua. Do salão principal só sobraram uns bancos, tudo escuro, luzes apagadas. É cenário de filme de pós guerra... uma tristeza só... os portões fechados com cadeados impedem o ingresso na plataforma. O pátio, até há pouco tempo tomado de vagões de cargas, manobras de locomotivas, muitas pessoas, hoje está completamente deserto... algo muito triste para quem passou por ali tantas vezes. Num portão externo, fechado com corrente e cadeado, deu para ver a parte traseira de um vagão pullmann.. todo esbranquiçado e que ali deve ter ficado esquecido, além de mais placas de "proibido entrar" e tais..." (Edson S. Castro, 21/11/2000). Trens de passageiros ainda passaram pela estação até 15 de março de 2001; desde 1999, ela era ponto de partida, e não mais de passagem, para os bi-semanais trens de passageiros da Ferroban. Em julho de 2003, passou a servir como centro cultural, entre outros usos, tudo sob responsabilidade da Prefeitura Municipal. Em 13 de agosto de 2005, pela primeira vez, sediou o Encontro Anual da Frateschi. No dia 8 de dezembro seguinte, "a cobertura metálica da Plataforma 1 de embarque e desembarque da Estação Cultura de Campinas foi totalmente retorcida e destruída, às 13h, por um trem (...) (que) puxava dois vagões vazios e um outro vagão com dezenas de dormentes de madeira.

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